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Kokedama: passo a passo para você aprender

Kokedama, em japonês, quer dizer “bola de musgo”. Provavelmente você já deve ter visto foto dessa técnica pela internet e não sabia que esse é o nome. Trata-se de plantas que, no lugar de um vaso tradicional, são cultivadas em uma bola amarrada por fios.

Apesar de ainda ser desconhecida por muitos, ela ganhou notoriedade no ano passado, quando o arquiteto Nildo José ousou com uma jabuticabeira suspensa em sua estreia na CASACOR SP. Um grande kokedama que foi a estrela do ambiente – chamado, inclusive, de Estúdio Jabuticaba.

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Imagem: Nildo José

Muita gente pensa que esse método agride as plantas, porque a impressão que dá é de que as raízes estão super apertadas lá dentro. Mas essa é uma visão equivocada, já que a bola desempenha exatamente a mesma função de qualquer vaso comum.

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Imagem: Simplesmente Fascinante

Nesse domingo, em pleno Dia dos Pais, eu participei de um workshop lá na Casa MinD para aprender a fazer um kokedama, promovido pelo Itinerante Mercado e Estudio Casa Torta. E posso afirmar com segurança que não é difícil. Se você gosta de jardinagem, precisa experimentar essa técnica!

Kokedama: como fazer?

Quem comandou o workshop foi o Cláudio, do Estudio Casa Torta, e vou passar para vocês as dicas preciosas que ele nos deu. Mas já adianto que é possível usar todo tipo de planta; o que vai diferenciar é o cuidado que você deve ter com determinadas espécies, como regas, sol, tipo de solo e por aí vai.

Primeiro passo: escolher sua muda. A gente usou azaleias, provando que também é possível usar espécies floríferas no kokedama. Escolhida a planta, retire o plástico preto com cuidado para não quebrar o torrão. É importante que ele fique intacto. E pode dar umas apertadinhas nele para deixar a terra mais soltinha e facilitar o desenvolvimento das raízes.

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Depois, misture um pouco de casquinhas em um punhado de terra adubada, daquelas que a gente usar para cobrir vasos; pode ser aquelas bolinhas de argila expandida bem quebradinhas também. O importante é que a terra ganhe algum complemento que a deixe mais aerada.

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Vá jogando um pouco de água nessa terra até que ela vire uma lama. Você precisa moldar essa terra molhada no torrão da muda, como se estivesse esculpindo um vaso de barro. Vá deixando tudo bem redondinho, para dar uma forma bonita ao arranjo. Dica: molhe suas mãos para facilitar o processo. Se a terra não grudar no torrão, significa que ela precisa estar um pouco mais molhada.

Todo o processo é bastante delicado, e se você apertar muito a terra, ela fica extremamente compacta e as raízes terão muita dificuldade em se desenvolver. Então, faça tudo sem pressa, sentindo a terra nas mãos, entendendo a planta e dando a ela o melhor espaço possível para crescer saudável.

Quando terminar de moldar a bola de terra, deixe sua plantinha descansando para que a terra seque um pouquinho. Nessa hora, você vai lavar suas mãos para a próxima etapa: escolher a cobertura da bola.

Como todo e qualquer arranjo de plantas, o kokedama é uma criação artística. Cabe a seu criador imprimir sua marca no objeto, certo? Foi exatamente isso que o Cláudio fez nessa etapa do passo a passo. O kokedama tradicional é coberto com musgos; ele quis trazer um elemento que remete à nossa brasilidade, que foi o coqueiro. Por isso, usamos fibra de coqueiro (sabe aquela palha que cai naturalmente do coqueiro?) para cobrir a bola de terra.

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Você precisa pegar um pedaço que cubra toda a bola, sem deixar nenhum pedacinho de terra exposto. A partir daí, corte dois pedaços de um barbante colorido para dar um contraste bonito ao escuro da palha. Ponha dois pedaços da linha numa superfície formando uma cruz e posicione o kokedama bem no centro desses fios.

Comece a amarrar aleatoriamente o barbante por cima de toda a palha, sempre se certificando de que não ficou nenhuma área da fibra “fofa”. Ela precisa estar bem presa à terra, para não comprometer seu arranjo nos dias das regas. Então vá enfiando o dedo pela palha, para sentir onde ela ainda não está tão segura, e passe o barbante ao longo dela, sempre prendendo tudo com nós. Quando o fio acabar, corte um novo pedaço e continue o processo, até que esteja tudo muito bem preso. Corte também os excessos dos fios, para dar um acabamento legal.

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E agora, como regar?

Existem duas maneiras de regar seu kokedama; tudo vai depender da espécie que você escolheu. Suculentas e cactáceas, que não precisam de tanta água para viver, obviamente serão regadas com menos água que outros tipos de plantas.

1ª maneira: submersão da planta

Você mergulha seu arranjo num recipiente cheio de água e deixa lá por uns 3 minutinhos. Com isso, a terra vai absorver bastante água (é possível até ver algumas bolhinhas de ar saindo), o suficiente para que ela se mantenha sem água por uma semana.

2ª maneira: borrifando água na base

Com um borrifador, jogue água na base até que toda a bola esteja bem úmida. No caso da fibra do coqueiro, a submersão é mais prática porque ela é mais “dura” que os musgos, e você vai precisar borrifar muita água para que ela chegue na terra. Borrifar água é mais interessante para quem cobriu a bola com musgos.

Frequência das regas: 1 vez por semana; 1 vez a cada 15 dias para cactáceas.

Não se esqueça de que plantas com flores precisam de sol! Meu kokedama de azaleia já está na sacada recebendo luz do sol todo dia, e vou mostrando no meu Instagram a evolução dele. Já me segue por lá?

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Agora me conte se você já conhecia essa técnica! Tem kokedama em casa? Manda foto pra eu ver!


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Este post tem 5 comentários

  1. Silvia Helena dos Santos

    Amei a dica da palha de coco, mais barata e você está reciclando.

  2. Katia Eloy de Castro

    Bom dia gostaria de aprender esta maravilha de tao linda a komedana. Existe algum local onde posso aprender aqui na zona norte?

  3. Joana Marli Langner

    Gostei muito. Obrigada por compartilhar conhecimento.

  4. Ireci

    Obrigada eu já fiz oficina de Koquedama e adorei a sua experiência. Sempre aprendemos algo novo sobre a técnica. Valeu a sua dica.🙋👏👏👏👏👏👏

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